segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ford Galaxie



O Ford Galaxie foi um automóvel fabricado pela Ford no Brasil de 1967 a 1983. Tratava-se de um modelo sedan luxuoso, contando inclusive com ar condicionado edireção hidráulica já no fim da década de 1960, itens considerados opcionais até hoje em muitos carros. Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1967.

História e características das versões

[editar]Década de 1960

O Ford Galaxie fabricado no Brasil surgiu no ano de 1967 baseado no Ford Galaxie fabricado nos Estados Unidos de 1965 a 1967. Com a versão 500 do Galaxie brasileiro, que era um sonho de consumo, tinha um motor v8 de 164 hp, 4,5 litros (4.458 cm³) e pesava 1780 quilos. Com o motor 272 ele alcançava mais de 160km/h (muito para a época). Ele tinha bastante força e era uma usina de torque ele podia sair de 0km/h na última marcha (o câmbio era de três marchas na coluna) em uma leve subida. Nessa edição "Galaxie 500" contava com 5,33 metros, tinha aplique de madeira no painel, suspensão e bancos (mais considerados sofás) muito macios.

Em 1969, foi lançada a versão LTD do Galaxie, muitíssimo luxuosa, com acabamento do painel e das portas em couro, ar-condicionado e câmbio automático (hidramático, como chamado na época), etc. Para essa versão, passava a ser oferecido o novo motor 292 de 4,8 litros (4.785 cm³) e 190 hp. Já no ano seguinte esse motor passaria a ser um opcional também para a versão Galaxie 500.

[editar]Década de 1970

Em 1970 , a Dodge lançou o Dart, e a GM o Opala Gran Luxo em 1971, que representavam uma ameaça para o Galaxie, então a Ford começou a fabricar uma versão mais luxuosa que o LTD, o Landau. Apresentado na linha 71, ele oferecia teto de vinil, suspensão mais macia ainda, vigia traseiro menor, mais forrações para o interior, etc. Era de longe o carro nacional mais requintado. Em 1971 as luzes de marcha-à-ré deixavam de ser integradas às lanternas traseiras e passavam a ser localizadas no pára-choque, aonde foram mantidas até à linha 1980. Com esta alteração na linha 71, evidentemente as lanternas traseiras foram redesenhadas.

Em 1972, começou a ser oferecido freio a disco dianteiro, porque não era fácil frear o carro com freios a tambor. Em 1973, ganhou novo capô, nova grade, teve a traseira redesenhada (e mais uma vez ganhou novas lanternas), novas calotas, frisos redesenhados. Em 1974 e 1975 não houve maiores mudanças.

Para a linha 1976, o Galaxie passou por grandes mudanças estéticas. Os faróis passaram a ser horizontais, assim como as lanternas traseiras, estas divididas em 3 segmentos em cada lado, mantendo a característica dos piscas traseiros sempre funcionando nas luzes de freio. As lanternas dianteiras passaram a ser maiores, mais envolventes e em posição vertical, ganhando lâmpadas âmbar, e sempre mantendo suas lentes na cor branca e a dupla função de pisca e meia-luz na mesma lâmpada em todos os anos do modelo. O Galaxie 500 tinha a grade dianteira diferenciada das outras versões, com filetes horizontais que iam de uma lanterna dianteira até a outra, passando em volta dos quatro faróis. Já o LTD e o Landau tinham a grade dianteira com filetes verticais que iam do farol alto de um lado do carro até o farol alto do outro lado, porém sem que estes filetes passassem em volta dos quatro faróis. O vidro traseiro permanecia, como sempre, em tamanho reduzido apenas na versão topo de linha Landau.

O Galaxie passou a ter tecidos mais finos como o veludo inglês e casimira francesa, também passou a ter carpete de altíssima qualidade. Além de todas essas mudanças ele ganhou um novo motor, o 302 americano, que foi erroneamente apelidado de canadense por ele ser exportado para o Brasil pela Ford Motor Company via Canadá, (que já equipava o Ford Maverick), trazendo grandes mudanças ao carro: 5,0 litros (4.950 cm³), que geravam 197 hp, e sua velocidade final era de cerca de 169km/h. No modelo 1977 a taxa de compressão foi levemente aumentada, passando a desenvolver 199 hp.

Em 1978 toda a linha recebia novo volante, de 4 raios, além de novo padrão de estofamento e interior para o Landau. O ar-condicionado passou a ser integrado ao painel.

O ano de 1979 é o último em que o Galaxie 500 é fabricado.

[editar]Década de 1980

O ano de 1980 é o último em que o Galaxie LTD é fabricado. Neste ano os refletores vermelhos na extremidade das laterais traseiras mudavam e passavam a ser iluminados quando se acendiam as lanternas. Era lançada a versão movida a álcool, que passou a partir daí a reponder pela maioria das vendas. Fez um relativo sucesso, com 67% das vendas em 1982.

A partir de 1981 a única versão disponível é a topo de linha Galaxie Landau. Deste ano em diante as luzes de marcha-à-ré voltam a ser integradas às lanternas traseiras, desta vez ocupando o lugar aonde até 1980 acendia o terceiro par da meia-luz traseira. O Landau continuou fazendo sucesso, sendo o carro oficial da presidência, de muitas personalidades e da elite brasileira.

Em 1983 o Galaxie saiu de linha, totalizando 77.850 unidades produzidas. A partir daí, com o agravamento da crise do petróleo, diminui a procura pelos sedans grandes, enormes e pesados dos anos 60 e 70, como o próprio Galaxie, o Dodge Dart, Chevrolet Opala, Aero Willys eSimca Chambord. A nova tendência foi dos tops de luxo dos anos 80, como: Diplomata 4.1 (a nova versão de topo do Opala) e o Alfa Romeo2300 Ti.

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